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Como a Globo aberta tem grande preocupação em passar verdadeiros atestados de idiota ao telespectador, a percepção de indignação que nos move pela raiva em assistir a emissora, nos leva ao questionamento sui generis: Quais os reais motivos dessas duas reportagens?
A primeira teve a intenção direta de transformar os direitos trabalhistas em privilégios do trabalhador, ao qual pequenos empresários não conseguem manter. Daí, a apresentação de “empreededores” que tinham até oito funcionários e agora preferem ser ambulantes, por não pagaram impostos trabalhistas. Tem lógica isso, para você? Pois para o Fantástico tem. Surge disso, a construção do discurso semiótico que continuamente busca a desconstrução de direitos mas, não questiona a exploração que se baseia no lucro sobre a exploração da mão de obra do empregado, em forma de salários miseráveis.
A segunda matéria, a que apresenta o lançamento do filme que conta a historia do santificado Tancredo Neves que historicamente, está muito distante de ser o grande político que a Globo prega. Enquanto o neto, Aécio Neves, derrete o clã Neves em Minas Gerais e vê sua campanha se enterrar na frase “Tem que ser um que a gente mata antes de delatar”, lembrando que esse “um” é o próprio primo, parte do clã, o filme tenta salvar ao menos a memória. A Globo, então, tenta aliviar a imagem dos Neves, como forma de salvar seus cúmplices na destruição da democracia brasileira.
Como se vê, o acerto entre tucanos, mercado financeiro, Globo e certos candidatos da ultra-direita, vai além das ações que premeditam outra ações eleitorais e ataques a candidatos. Há uma cretinice estabelecida, no que o termo usado por Paulo Freire, “sem vergonhice”, cabe com perfeição histórica. Aliás, não vai parar por aí, até as eleições, haverá mais irritação e nervos para quem não desligar a TV.
Da Apostagem
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