terça-feira, 10 de setembro de 2019

MP suspeita que Universal de Edir Macedo usa jatinhos para tirar do país dinheiro do dízimo

MP suspeita que Universal usa jatinhos para tirar do país dinheiro do dízimo
Um dos aviões de uma
 empresa de táxis aéreos
 ligada à Igreja Universal

Com atualização no dia 4 de junho de 2019

A Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) utilizava aviões da Alliance Jet, empresa do conglomerado controlado por pastores, para tirar ilegalmente do Brasil dinheiro arrecadado com o dízimo e enviá-lo a paraísos fiscais, de acordo com suspeitas do Ministério Público do Estado de São Paulo.

O MP chegou a apresentar a denúncia (acusação formal) à Justiça contra Edir Macedo, fundador da Igreja, e outras nove pessoas por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A denúncia não deu em nada.

No Brasil, a Igreja tem cerca de 4.500 templos distribuídos em 1.500 cidades e 8 milhões de fiéis. Parte do dízimo em espécie recolhido nesses templos é colocada em sacolas para ser transportada por aviões particulares, diz o jornal “O Globo”, citando o MP como fonte de informação.

 A Universal obtém por ano dos fiéis cerca de R$ 1,4 bilhão – dinheiro livre de tributação.

Como sede em Sorocaba (SP), a Alliance Jet era uma empresa ligada à Igreja Universal. A partir de 2015, a Igreja começou a se desfazer dessa empresa de táxi aéreo. Ela tinha três aviões que eram usados por bispos da Igreja e também alugados para terceiros.

De acordo com o Ministério Público, a empresa faturava cerca de R$ 500 mil por meses no início da década de 90.

 Informação disponível em 2008 dava conta de que um dos aviões da companhia era o Falcon 2000 EX Easy, que viajava com regularidade para os Estados Unidos e Caribe.

Com casa em Nova Iorque, o próprio Edir Macedo era de seus mais frequentes passageiros.

Em uma ocasião, Macedo resistiu a uma vistoria pela Polícia Federal em seu avião no aeroporto de Cumbica, Guarulhos.

“Eu sou um enviado de Deus e vocês [policiais] estão atrapalhando o meu trabalho”, disse ele irritado, conforme informação que a Veja obteve do delegado da PF Mário Menin Júnior.

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