Bancários do Paraná foram à Justiça contra a propaganda enganosa que emissoras de televisão estão fazendo em favor da reforma da previdência em troca de milhões em verbas publicitárias pagas com dinheiro público. As ações questionam falta de imparcialidade na cobertura da Globo, Record, SBT e Band.
O distinto leitor sabe que as TVs brasileiras são públicas e funcionam por meio de concessão da União. Um dos dispositivos constitucionais para seu regular funcionamento é o cumprimento da função social dos meios de comunicação social. No caso da reforma da previdência, a velha mídia faz um desserviço para atender aos interesses econômicos de bancos privados.
Se não houver equilíbrio na cobertura jornalística da reforma da previdência, os trabalhadores adiantam que pedirão a revogação da concessão do sinal das TVs (Lei Nº 4.117/1962 e Decreto nº 52.795/1963).
A seguir, leia o comunicado da FETEC-PR:
A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR), junto aos Sindicatos dos Bancários de Apucarana e de Umuarama, e ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São José dos Pinhais (Sinsep), protocolou, em julho e em setembro, quatro Ações Civis Públicas na Justiça Federal do Paraná contra as afiliadas das emissoras Band, Globo, Record e SBT questionando as abordagens favoráveis à Reforma da Previdência nos telejornais.
As entidades solicitaram acesso a uma listagem de matérias veiculadas sobre a Reforma da Previdência, registrando tempo de transmissão e quais partes foram ouvidas, na intenção de observar participação igualitária pró e a favor. Pleitearam, ainda, que a União fosse acionada para explicar procedimentos de agência reguladora, entendendo as televisões como concessão pública e o direito da população à informação.
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