Protagonista de dois golpes sequenciais, que foram a deposição ilegal de Dilma Rousseff e a prisão sem provas de Lula, a Globo parece desapontada com Jair Bolsonaro – que foi a consequência da destruição da política. Em editorial publicado nesta sexta, a família Marinho exige que ele saia das redes sociais e comece a trabalhar, especialmente na reforma da Previdência. A Globo também cobra que Bolsonaro não faça nenhuma concessão, como a redução da idade mínima das mulheres. Pelo jeito, deu ruim
8 DE MARÇO DE 2019
A Globo não está feliz com Jair Bolsonaro e começa a desconfiar que ele não será capaz de aprovar a sua tão sonhada reforma da Previdência. É o que aponta editorial publicado nesta sexta-feira. "O desastrado tuíte do presidente Bolsonaro, com cenas pornográficas do carnaval de rua, recebeu o merecido repúdio e deflagrou incontáveis análises sobre quais seriam as motivações do presidente", diz o texto. "Porém, o que fica de tudo isso — além de fundos arranhões na imagem presidencial — é que Bolsonaro precisa descer de vez do palanque, arregaçar as mangas e trabalhar com afinco para executar o que prometeu na campanha."
No texto, a família Marinho exige que ele saia das redes sociais e comece a trabalhar, especialmente na reforma da Previdência. A Globo também cobra que Bolsonaro não faça nenhuma concessão, como a redução da idade mínima das mulheres. "A primeira tarefa da sua agenda, a reforma da Previdência, já é capaz de tomar todo o seu tempo. Depois de escorregar em um ou outro aceno de recuo — como admitir rebaixar o limite de idade na aposentadoria das mulheres, de 62 anos para 60, em prejuízo da redução dos gastos públicos —, o presidente tem de se dedicar ao convencimento de políticos de que não há alternativa para se começar a desanuviar os horizontes do crescimento", aponta o editorial.
"Não será perdendo tempo disparando tuítes, para alegrar a plateia com agressão a adversários, que ele conseguirá que o governo avance na desburocratização", prossegue o texto. "Da abertura comercial do país, das privatizações ao combate à corrupção e à insegurança pública, muita coisa passa por importantes alterações em leis, as quais, mais uma vez, requerem trabalho de Bolsonaro junto ao Legislativo. Ser presidente exige postura e também trabalho duro."
Brasil 247 via SGA
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