Em 2016, a TV interrompeu jogo de futebol para mostrar os manifestantes de verde e amarelo na Paulista. Ontem, teve até reprises, mas quase não teve cobertura dos atos gigantes do #EleNão. Democratizar a comunicação é enfrentar esse tipo de partidarização da mídia brasileira. Guilherme Boulos, candidato do Psol ao Planalto, no twitter
Em 2016, a TV interrompeu jogo de futebol para mostrar os manifestantes de verde e amarelo na Paulista. Ontem, teve até reprises, mas quase não teve cobertura dos atos gigantes do #EleNão. Democratizar a comunicação é enfrentar esse tipo de partidarização da mídia brasileira.— Guilherme Boulos 50 (@GuilhermeBoulos) 30 de setembro de 2018
O Levante das Mulheres brasileiras foi organizado numa página do Facebook, com mais de dois milhões de integrantes.
Sem flashes na programação da TV Globo — que em 2016, a título de noticiar, promovia os encontros da “família brasileira” em Copacabana e na avenida Paulista –, elas conseguiram arrastar multidões em dezenas de cidades brasileiras e do mundo (veja um resumo de imagens no vídeo acima).
Foi a reconquista das ruas por uma pauta progressista e multipartidária — em defesa da democracia, contra o feminicídio, o machismo, a misoginia, a violência e a tortura incorporadas à candidatura neofascista de Jair Bolsonaro.
Foi a maior manifestação da história do feminismo brasileiro, com o potencial de influir no resultado do primeiro turno das eleições de 2018.
José Roberto de Toledo, na Piauí, notou que um candidato que se organizou nas redes sociais, quase sem tempo na propaganda eleitoral da TV, teve sua resposta no mesmo campo.
De certa forma, ficou enfatizada não só a perda de importância da TV, mas exposta a falsa equivalência que é típica das coberturas supostamente neutras:
O resultado dessa omissão e falta de contextualização é que coisas diferentes são tratadas como iguais. Uma manifestação de dezenas, no máximo centenas de pessoas em um lugar é apresentada da mesma maneira e com a mesma magnitude que dezenas de milhares de mulheres em dúzias de cidades. Na tela da tevê, o ato solitário pró-Bolsonaro em Copacabana foi equivalente à maior manifestação popular capitaneada por mulheres na história do Brasil. Felizmente, a internet provê o que a tevê omite.
DO viomundo
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